31 de ago. de 2012

Projetos do Edital de Cultura oferecem oficinas, shows e muita arte neste semestre

O projeto Batucada Brazuca leva percussão e ritmos brasileiros para as escolas da cidade.

Os 11 projetos culturais selecionados neste ano pelo Edital de Fomento à Cultura já iniciaram suas atividades. As propostas contemplam variadas linguagens artísticas, como a produção de documentários, oficinas e apresentações musicais que acontecem em diversos espaços da cidade até dezembro. Os projetos são uma excelente oportunidade para a população participar e conhecer a diversidade artística que está circulando em Ourinhos.

O projeto Batucada Brazuca fez sua primeira apresentação no dia 23 para os alunos da escola Amélia Abujanra Maron. O Batucada Brazuca tem como objetivo levar  oficinas de percussão com ritmos brasileiros em várias escolas da cidade. A próxima apresentação vai ser dia 20 de setembro na escola Evani Maioral Ribeiro Carneiro.

Outro projeto musical é o popular Samba e Botequim. Pelo terceiro ano consecutivo o projeto leva música popular para bares tradicionais da cidade e o resultado é sempre uma grande festa. Neste ano, o tema do projeto é o samba de partido alto e a primeira apresentação aconteceu no bar do Cambeta, na vila Margarida. A próxima roda de samba vai ser dia 29 de Setembro no bar do Renato, que fica na rua Geraldo Pereira Tavares, 387 no jardim Brilhante, próximo à Unesp.

A capoeira também foi uma das artes selecionadas pelo edital 2012. O projeto Capoeira, Origem Negra, propõe oficinas, encontros e rodas para crianças e adultos.
Dos contemplados, 3 são produções audiovisuais. Cartas de Ourinhos, do cineasta Joel Yamaji, propõe a produção de um filme em curta-metragem falando sobre a memória da cidade. Outro filme, A Banda do Seu Américo, é a proposta de Luiz Carlos Seixas para documentar a tradição ourinhense das bandas e seu universo de coretos e retretas ao ar livre. O terceiro vídeo é o projeto Oleiros, de Lucas Silva. O vídeo documentário vai registrar as memórias sobre o bairro das olarias e sua relação com a origem da cidade.

O projeto de grafite, OURZ, do artista plástico Conrado Zanotto, é uma continuidade do trabalho que teve início em 2011, o diferencial deste ano é o foco nas áreas periféricas ao centro. As produções começam dia 15 de setembro e quem tiver interesse em ganhar um gafite basta enviar uma foto do muro da sua casa com endereço para o e-mail projetoourz@gmail.com.

A oficina de desenho tem coordenação do artista Jessé Ribeiro.
O Projeto Em Três atos, de Fábio Augusto Almeida de Oliveira, vai produzir um ensaio fotográfico sobre a cidade com os temas olarias, rio Paranapanema e ferrovia. As fotos irão compor uma exposição que será aberta ao público em dezembro. Além da exposição, o projeto oferece uma palestra com o fotógrafo Rogério Ghomes.

Outro projeto que tem a música como meio é o Percussão, Corpo e movimento, do músico Sandro de Almeida Santos. As oficinas de percussão corporal já começaram na escola Amélia Abujamra Maron.

O cartunista Jessé Ribeiro também é um dos artistas do edital 2012. Sua oficina, Desenho livre, cartuns e quadrinhos, já começou e acontece 3 vezes por semana na Biblioteca Municipal Tristão de Athayde.

O projeto Oficina do Choro, do músico Toninho Breves, também já acontece no Centro Cultural Tom Jobim. Direcionado para músicos, a oficina vai trabalhar a linguagem do Choro e prevê também apresentações abertas ao público até dezembro.

Esta é a terceira edição do Edital de fomento à Cultura e Oficinas Criativas. Mais informações pelo telefone 14 3302 3344, Secretaria Municipal de Cultura de Ourinhos.

26 de ago. de 2012

A(o)gosto das Letras terminou hoje com contação de histórias

Terminou neste domingo o Festival A(o)gosto das Letras. O espetáculo No meio do caminho tinha um conto. No meio do conto tinha um caminho, reuniu a contadora de histórias Regina Machado e o músico Gabriel Levy no Teatro Municipal para a apresentação de contos sobre o amor, desafios, humor e aventura, originários de diferentes países e suas culturas.

25 de ago. de 2012

Sarau Literário e lançamento de livro infantil hoje no A(o)gosto das Letras

Fernanda Saraiva Romero, a autora local homenageada pelo Festival A(o)gosto das Letras, lança hoje seu quarto livro, Din Din, o pinguim, durante o sarau literário que começa as 20h no PUB. Autora de diversos livros infantis e professora de literatura, Fernanda Saraiva participou durante a semana do evento de conversas com leitores, crianças e estudantes do município.

24 de ago. de 2012

PARA FALAR SOBRE MEMÓRIA E LITERATURA, MICHEL LAUB E LUIZ RUFFATO


“O lugar da memória na literatura” é o tema da conversa entre dois autores que possuem obras onde as lembranças são destaque: Luiz Ruffato e Michel Laub. O encontro acontece hoje à noite, dia 24, no PUB 744, e tem mediação da jornalista Mona Dorf.

   
Ruffato.
A memória pode ser poderosa aliada da arte da escrita. Luiz Ruffato, além de escritor premiado ( Prêmios APCA, Machado de Assis por Eles eram muitos cavalos, Mamma, son tanto felice e O mundo inimigo, Prêmio Jabuti por Vista parcial da noite e finalista dos prêmios Portugal Telecom, Zaffari-Bourbum e São Paulo de Literatura) coordena oficinas de escrita voltadas também para o público idoso. Ali as pessoas são estimuladas a recordar histórias de vida, estimulando lembranças que acabam virando textos escritos. Outro livro publicado pelo autor, De mim já nem se lembra, é ainda mais fiel às memórias familiares divulgando cartas escritas por um irmão de Ruffato, que morreu em acidente de trânsito.  Através da leitura das correspondências do filho para a mãe, o leitor acaba conhecendo as dificuldades de adaptação de um jovem do interior de Minas morando na cidade grande, as relações morais e afetivas de uma família de operários, tendo como pano de fundo a cidade de São Paulo na década de 70, época da ditadura militar e cenário de grandes transformações sociais.

Laub.
O gaúcho Michel Laub já foi editor da Revista Bravo, e coordenou publicações do Instituto Moreira Sales. Publicou cinco romances: Música anterior, Longe da água, O segundo tempo, O gato diz adeus e Diário da queda, que teve os direitos vendidos para o cinema. Recebeu os prêmios Bravo/Bradesco e foi finalista dos prêmios Jabuti e Portugal Telecom. Na FLIP deste ano a revista de literatura Granta incluiu o nome de Michel Laub como um dos 20 melhores jovens autores brasileiros. A revista, de língua inglesa, é uma das mais respeitadas do mundo e no Brasil é publicada pelo selo Alfaguara. Neto de judeus, Laub conta das dificuldades de convivência entre culturas diferentes e preconceitos em “O diário da queda”, lançado em 2011. As dificuldades de comunicação em família também se revelam em seu texto envolvente e atual.



SHOW COM PAULO FREIRE

Após a Mesa O Lugar da Memória na Literatura, o violeiro Paulo Freire apresenta o show Viva O Causo Brasileiro. Neste show de causos e canções, Paulo Freire traz acontecimentos e músicas que tratam do humor e o imaginário que habitam nossa cultura popular.

O violeiro conta histórias de caçadas fabulosas, pescarias impossíveis, o encontro de Jesus Cristo com o Corpo-Seco, a peleja do Coelho da Páscoa com o Curupira, uma receita para se fazer o famoso pacto com o capeta. Apresenta também divertidas canções caipiras de Alvarenga e Ranchinho, Zé Mulato e Cassiano, além de côcos de viola, convidando a platéia a participar do espetáculo.

Este trabalho é fruto de viagens ouvindo e “cantando” causos. Existe uma História do Brasil sendo contada através da tradição oral, que muitas vezes difere da versão oficial. Paulo Freire busca justamente este outro lado, confiando na força e profundidade de uma cultura que vai sendo desenvolvida através dos anos, dentro do ritmo e tempo do sertão.

O músico é autor de trilhas sonoras, canções, romances, biografias, livros de causos, CDs de viola e tem participação em trabalhos de diferentes artistas brasileiros. Tocou as violas e compôs músicas para o seriado “Grande Sertão: Veredas”, da TV Globo. Compôs trilhas especiais para matérias do programa “Globo Rural”, da TV Globo (entre elas “Escola de Peões”- Prêmio Wladimir Herzog de Direitos Humanos - 1993 e “O Umbu”- Prêmio Febraban - 1994).

Seus trabalhos mais recentes incluem o lançamento do romance “Jurupari”, pela Editora Vai Ouvindo e a produção do CD “Nuá – as músicas dos mitos brasileiros”, com patrocínio da Petrobrás.
É um dos curadores do Festival Voa Viola, evento nacional que conta com premiações, shows pelo Brasil e Rede Social. Vem fazendo shows, oficinas de viola e oficinas de causos pelo Brasil.

23 de ago. de 2012

Criação de biografias é o tema da Mesa 3 hoje no A(o)gosto das Letras


A biografia é um gênero literário que atrai muitos leitores. Conhecer detalhes da vida de outra pessoa atrai a curiosidade, mas ser biógrafo não é tarefa fácil. Sobre essas dificuldades Paulo Cesar Araujo fala com propriedade. Autor da polêmica biografia “Roberto Carlos em detalhes”, proibida pelo cantor, Paulo Cesar e Edinha Araujo (autora da biografia de Chiquinha Gonzaga) participam da mesa literária hoje à noite, dia 23, às 20h no PUB 744.A mediação é da jornalista Mona Dorf.
Edinha Diniz.
Edinha Diniz tem formação em Ciências Humanas e dedica-se, há mais de trinta anos, ao estudo da música popular brasileira. Seu trabalho de pesquisa sobre a  compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga resultou em ensaio biográfico, discos, peças de teatro, enredos de escolas de samba e de agremiações carnavalescas, documentários, culminando com a minissérie da TV Globo, além de duas versões da história para o público infanto-juvenil. Edinha também publicou outros livros para esse público leitor: biografias de Machado de Assis, Jorge Amado, Zélia Gattai e Cartola.
Paulo Cesar Araújo.
Paulo Cesar de Araújo é historiador, jornalista, mestre em Memória Social e teve sua obra mais polêmica, a biografia de Roberto Carlos, proibida quando ocupava as listas dos livros mais vendidos.  Escreveu também  Eu não sou cachorro, não (Editora Record, 2002), obra considerada referência na historiografia da MPB, por revelar que os cantores bregas foram censurados no período da ditadura militar. Sucesso de público e de crítica, seus livros receberam elogios de personalidades como Caetano Veloso, Nelson Motta, Washington Olivetto, entre outros.
“Roberto Carlos em detalhes” foi lançado em dezembro de 2006, e imediatamente o cantor entrou na justiça pedindo a proibição da venda dos livros, e foi atendido. A biografia foi fruto de 15 anos de pesquisa e quase 200 entrevistas. No livro, o autor revela como nasceram canções como “Detalhes”, “Emoções”, “Quero que vá tudo para o inferno” e tantas outras que fazem parte da memória afetiva de milhões de brasileiros, além de histórias com Erasmo Carlos, Tim Maia e outros. 
O encontro destes dois biógrafos vai possibilitar reflexões a respeito da legislação brasileira sobre o assunto. Se nada for mudado, corremos o risco de só termos acesso a publicações de “biografias oficiais”, autorizadas pelas famílias, que enalteçam o biografado, porém sem  compromisso com a pesquisa e história reais. Prejuízo para o leitor e para os escritores, receosos de terem todo o trabalho prejudicado pela censura.

SHOW COM LUIZ PINHEIRO

Depois do bate-papo com os autores, às 22h, o músico e poeta Luiz Pinheiro apresenta o show "Decompor". Nesta apresentação lítero-musical, o artista mostra canções de seu primeiro e segundo Cd, Cássia Secreta e Decompor, intercaladas com poemas de sua autoria.
 Luiz se propõe o desafio constante de uma criação que rompa com a "possível linha que separa letra de poesia". Portanto, em muitas de suas canções, as letras sobrevivem sem a melodia, como poemas a serem lidos. Sendo também poeta, Pinheiro celebra os versos da canção. Busca tratar as palavras de acordo com seu peso,  leveza, consistência,  densidade, separando o sujo do limpo, o grosso da essência.
Psicanalista, nascido em Minas Gerais, tendo vivido alguns anos em Ourinhos e agora radicado em São Paulo, Luiz Pinheiro frequentemente aborda em suas letras-poemas a temática urbana, explorando vários aspectos das emoções humanas.

A programação completa do evento literário está AQUI.

22 de ago. de 2012

A(o)gosto das Letrinhas, um dia dedicado às crianças

Para os menores de 14 anos, o Aogosto das Letrinhas reúne uma série de atividades de leitura direcionadas para este público. São oficinas, contação de histórias, atividades com a palavra através de parlendas e jogos de rima, música, cirandas e brincadeiras nesta quinta-feira, dia 23, no Centro de Convivência. Confira a programação completa:

Casinha das Letras
Contação de histórias durante todo o dia
9h às 11h/14h às 15h30 - com Solange Rocha, Fátima Santilli, Lia Ferrer e Cinthia Siqueira.
16h “Histórias ao pé do ouvido”, de Fernanda Saraiva Romero - com Bruna Domingues e Leandro Faria.

Casinha da Memória
9h30 e 14h30 - Brincadeiras com parlendas, trava-línguas e cirandas com Ramiro Béccheri e Patricia Aleixo.

Casinha da Esquina
Troca de gibis das 9 às 17h

Casinha do Professor
10h e15h - Alunos do Ponto de Cultura “Para ler o mundo” realizam atividades criativas inspiradas no livro “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, de Jorge Amado.

Debaixo do Pé de Manga
16h - Cantando na roda com Zé Luis e Cibele Moraes
Das 8h30 às 11h e das 14h às 17h - Oficinas de dobradura e Pesponto e Botão.

Escritora Fernanda Saraiva conversa hoje com alunos da Escola Virgínia Ramalho

Autora homenageada no 4º A(o)gosto das Letras, Fernanda Saraiva Romero  participa daqui à pouco, às 15h, de um bate-papo com leitores na Escola Estadual Professora Virgínia Ramalho.
Ainda na programação do Aogosto das Letras, Fernanda aproveita para lançar Din Din, o Pinguim, dia 26, a partir das 20 horas, no Pub 744.

Fernanda Saraiva publicou três livros para crianças e como professora foi responsável pela formação de muitos leitores em Ourinhos. É autora de Clara Clarinha de ovo de galinha, Histórias ao pé do ouvido e Uma história de outro jeito, todos voltados ao público infantil.

Confira a entrevista que Fernanda Saraiva concedeu ao jornal Balaio Cultural deste mês:

1. De que forma seu trabalho como professora, o convívio diário com as crianças, inspirou a criação de suas histórias?
Foi o meu trabalho diário com as crianças que me levou a querer tocar a vida delas, abrir-lhes algumas portas para a curiosidade, a criação, a alegria,sem, é claro, pretender ensiná-lar a viver; eu só queria dar a elas vários "toques" sobre como a vida pode ser maravilhosa se aprendemos a lidar com ela, ou, melhor dizendo, se estivermos atentos e descobrirmos caminhos para aproveitá-la.

2. Livro para criança deve, necessariamente, ter um final feliz?
Na verdade, não acho q o final de uma história tem que ser feliz, porque nem sempre as coisas acabam bem na vida real e a ficção é uma supra-realidade criada por um autor; o que acho é que um final deve significar que houve superação de alguma questão vivida pelo(s) personagem(ns), pra que o leitor usufrua do efeito catártico da literatura.

3. Quando o assunto é leitura, o papel da internet divide opiniões. Você acredita que a grande rede contribui para a formação de novos leitores?
De certa forma ,sim, porque, apesar de a internet nos aproximar muito do que é audiovisual ( e esse visual ser muito figurativo), ela obriga à leitura e à escrita, informa sobre milhares de coisas que podem de ser lidas, nos coloca ao lado de tantas grandes obras escritas, facilita a leitura delas com os e-books, etc. Assim, me parece que a net até estimula a leitura, na medida em que, com ela, só não lê quem não quer.

4. Seu livro anterior foi lançado há vários anos. Por que só agora surgiu este novo projeto?
Pois é, depois de tantos anos, lá venho eu, de novo, com um novo projeto! Isso aconteceu por duas razões básicas: 1ª: como sempre adorei dar aulas (nunca tive menos de 40 aulas por semana e trabalhei por 15 anos após a aposentadoria) e tive um segundo filho aos 39 anos, sempre fui muito ocupada e não tive tempo para ir além da produção de textos, que ia arquivando à medida que escrevia; isso, aliás, nunca me impediu de sonhar e idealizar como seriam meus futuros livros.2ª)Não sou muito eficiente para a vida prática,quero dizer, não sou muito "craque" em fazer as coisas acontecerem; assim, foi só quando reencontrei um antigo aluno, que se tornou meu amigo e, depois, meu ilustrador não posso dizer quem é porque ele detesta aparecer), que encontrei fôlego pra fazer meus inúmeros projetos guardados saírem do papel. Agora,estou a pleno vapor, me dedicando a todas as coleções que tenho guardadas e que só precisam se tornar concretas. E o sabor que experimento é o de estar em fase de transformar sonhos em realidade.

5. Como surgiu Din Din o Pinguim? Ser produzido em tecido, no formato de uma almofada, é importante para que o pequeno leitor experimente outras sensações no contato com o livro?
Sinceramente? O DIN-DIN surgiu nem sei de onde (rsrsrs), porque a minha cabeça e o meu coração são um "balaio de gatos", quando o assunto é criação ! E também tem o tempão em que estou trabalhando com isso! Mas, sem dúvida, o que eu desejei em todos os momentos dessa trajetória, foi pôr, ao alcance da criança, outras sensações que não apenas as trazidas pela leitura e que já são muitas. Eu queria, por exemplo, que os pequenos pudessem brincar mais ( eu quero dizer fisicamente) com um livro,arrastá-lo consigo para onde fossem (até para a cama), se aninhassem nele,como muitos fazem com aquele "cheirinho" que é uma fralda, uma mantinha, um cobertorzinho arrastado para todo canto porque é sentido como um companheiro inseparável, um apoio para todas as horas da infância. Aliás, só cheguei a essa definição definitiva de" cheirinho" há umas duas semanas quando, falando sobre o DIN-DIN com o Dr. Fernando Bessa, ele me deu um presente ao dizer:" Fernanda, foi consciente ou inconsciente essa sua idéia? Você já percebeu que esse livro pode substituir aquele "cheirinho" que as crianças tanto amam?"

6. Você é a autora homenageada do A(o)gosto das Letras ao lado de Jorge Amado. Como escritora e formadora de leitores, como você analisa hoje a obra do escritor baiano?

Como criadora de textos, formadora de leitores e, principalmente, como leitora,vejo a obra de Jorge Amado não só como um passaporte indispensável para o mundo da ficção de qualidade, como também como um painel informativo imperdível sobre a Bahia da época do cacau e tantas ( dá até vontade de dizer todas, já que o baiano Jorge foi tão genial!) de suas facetas.

“Escrevendo para jovens” – Mesa literária do festival reúne as autoras Ivana Arruda e Índigo


“Escrevendo para jovens” é o tema da Mesa literária que acontece hoje, dia 22, no segundo dia do A(o)gosto das Letras, com as escritoras Ivana Arruda Leite e Índigo. O encontro, que tem mediação da jornalista Mona Dorf, é oportunidade para professores, contadores de histórias e outros profissionais que trabalham com jovens, para conversar sobre a adolescência e os desafios do convite para a leitura nessa fase da vida, em que os livros acabam competindo com jogos eletrônicos, celulares e redes sociais. “A adolescência é uma fase em que os jovens se afastam da leitura, não se reconhecem nos textos infantis e ainda não se interessam por literatura mais complexa”, explica Marco Aurélio Gomes, um dos curadores do A(o)Gosto das Letras, justificando a importância do assunto. A conversa começa às 20h no PUB 744.

Ivana Arruda Leite  é mestre em sociologia pela USP e autora de  contos e romances, com foco no universo feminino e juvenil.  Em 2003, a autora começa a escrever para adolescentes com o livro “Confidencial - anotações secretas de uma adolescente”. A escritora também publicou contos nas revistas Ácaro, Coyote e PS.SP. Participou de diversas antologias como “Putas – o melhor do conto brasileiro e português”; “Geração 90: os transgressores”; “Ficções fraternas”, entre outros. Em 2006, seu livro “Ao homem que não me quis” foi indicado ao prêmio Jabuti

Índigo é pioneira no uso da literatura na internet, escrevendo contos para publicação em sites e blogs ainda na década de 1990. Seus livros recebem ilustração caprichada, e uma linguagem que atrai crianças e jovens. A autora revela que gosta de dar voz a animais como personagens de suas histórias, também recheadas de aventuras que agradam os adolescentes.


SHOW COM CELSO VIÁFORA


Depois do papo com as escritoras, o músico Celso Viáfora apresenta repertório de seus 30 anos de carreira, com destaque para as músicas do novo DVD, Batuque de Tudo.  No espetáculo, Viáfora, além das canções de seu último trabalho, também relembra sucessos de sua carreira, tais como a já clássica “A Cara do Brasil” (parceria com Vicente Barreto); “Atlântida” (parceria com Ivan Lins) e “Santo Expedito”, entre outras.
Vale a pena conferir a obra do artista, definido pelo jornalista Daniel Brazil, na Revista Música Brasileira de 07 de julho de 2010, como “um bamba”. Com adendo de que “este adjetivo, aparentemente tão inocente, só cai bem em músico escolado, rodado, com muita garrafa pra vender. Ninguém chama um estreante de bamba. Ninguém chama um cabra ruim de bamba. Normalmente aplicado a sambistas da velha guarda, aqui o adjetivo ganha conotação ampla. O cara surpreende como só gente grande é capaz de fazer. Tem dúzias de sambas? Tem. Mas também tem toadas, cantigas, valsas, cirandas, batuques, canções de sotaque pop, crônicas musicadas e obras dramáticas. Celso Viáfora vem, há tempos, esculpindo uma obra capaz de se ombrear com o que há de consagrado por aí”.
A programação completa do evento está AQUI.

21 de ago. de 2012

“Impressões de um vampiro” é o tema de discussão sobre livro de Dalton Trevisan

O autor foi homenageado com o Prêmio Camões em 2012.
Ilustração: Ricardo Humberto.
Hoje à noite tem início as mesas literárias da quarta edição do A(o)Gosto das letras com “Impressões de um vampiro”. O encontro reúne integrantes do Grupo de Psicanálise de Ourinhos para conversar sobre  “O vampiro de Curitiba”, de Dalton Trevisan.
    O grupo começou suas atividades há 18 anos, idéia de alguns profissionais que viajavam juntos para estudar psicanálise e sentiam necessidade de encontros para estudar e trocar experiências. “Trabalhamos com temas científicos e culturais, discutindo casos clínicos ou analisando livros ou filmes. A essência humana se revela principalmente na literatura, daí nosso grande interesse”, explica Juliane Yamaji, presidente do Grupo.
    Dalton Trevisan nasceu em 1925, em Curitiba. Formado em Direito, exerceu as funções de repórter policial e crítico de cinema. Sua estréia nacional na literatura foi em 1959 com Novelas nada exemplares (Prêmio Jabuti), reunião de sua produção das duas décadas anteriores. Desde então, Trevisan publicou mais de 30 livros — dos quais apenas A polaquinha é romance —, vários deles traduzidos para o inglês, o polonês e o italiano. Recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra em 1996. Reconhecido como um dos maiores contistas da literatura brasileira, em 2011, aos 86 anos, venceu novamente o prêmio Jabuti com Desgracida e publicou O anão e a ninfeta, reunião de 40 contos inéditos. Recebeu, neste ano, o Prêmio Camões, principal reconhecimento da literatura em língua portuguesa atribuído anualmente por Brasil e Portugal desde 1988 e que teve João Cabral de Melo Neto, José Saramago e Antonio Candido entre seus ganhadores.
    Os hábitos reclusos de Trevisan lhe renderam o apelido de “O vampiro de Curitiba”. Dalton Trevisan compartilha com seu contemporâneo Rubem Fonseca (ambos nasceram em 1925) a recusa em aparecer publicamente, não concedendo entrevistas nem fotografias, não comparecendo a cerimônias de premiações literárias nem escrevendo acerca do trabalho da escrita.
    Em “O vampiro de Curitiba”, Nelsinho é o protagonista de todos os contos. Ao longo do livro, percorre uma viacrucis, com o objetivo de saciar-se sexualmente com as mulheres que encontra nas ruas de Curitiba, cenário de todos os livros publicados pelo autor.
Apesar de o livro ser descrito como “novela”, cada um dos capítulos pode ser lido de maneira isolada, como se fossem contos.
    Segundo Thomas Lask, do “The New York Times”, “Existem forte veio de erotismo nestas histórias. Não é exibicionista, mas funcional para as intenções do autor. É mesmo o símbolo absurdo da cidade, de seus estreitos e confinados horizontes”.

4º A(o)gosto das Letras - Oficina de Aquarela começa hoje na Biblioteca Clarice Lispector

Começa às 14h a primeira oficina do A(o)gosto das Letras. Através das ilustrações de livros de Jorge Amado por seu parceiro Carybé, os participantes poderão aprender a técnica da aquarela com inspiração no universo do escritor baiano. A atividade tem coordenação Alessandro Brandão e vai acontecer hoje e amanhã na Biblioteca-ramal Clarice Lispector, na vila Margarida.
Dias 23 e 24 acontece a oficina Jorge Amado na cozinha, com o sociólogo Fernando Nogueira. E no dia 25, sábado, o escritor Luiz Ruffato coordena a oficina Escrita Criativa, voltada às pessoas que desejam se expressar através da escrita.
Confira também as oficinas para as crianças no A(o)gosto das Letrinhas, programação completa AQUI.

20 de ago. de 2012

Jornalista Mona Dorf na 4ª edição do A(o)gosto das Letras

A jornalista de cultura Mona Dorf participa pelo segundo ano do festival literário de Ourinhos, o A(o)gosto das Letras. Ela vai mediar as Mesas Literárias dos dias 22, 23 e 24 que reúnem no PUB 744 os autores, Ivana Arruda e Índigo, Paulo César Araújo e Edinha Diniz e Michel Laub e Luiz Ruffato.
Em 2011, a jornalista participou do evento integrando a mesa Jornalismo e Literatura - afinidades e fronteiras, ao lado do também jornalista Xico Sá. Os dois conversaram com o público sobre seus livros e as proximidades entre a criação literária e o trabalho jornalístico.
A participação da jornalista em 2011, ao lado de Xico Sá, na mesa Jornalismo e Literatura.
Mona acompanha os principais festivais literários do país, como a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) e o Festival da Mantiqueira, e mantém um blog no portal IG. Em 2010 lançou ‘Autores e Idéias’, livro que reúne dezenas de entrevistas com escritores brasileiros.
A realização do 4º A(o)gosto das Letras, entre os dias 21 e 26, é um momento de compartilhar experiências com escritores, contadores de histórias e vários outros artistas estarão na cidade para conversar com o público sobre o seu trabalho. No dia 22, as escritoras Ivana Arruda Leite e Índigo participam da mesa “Escrevendo para jovens”. O encontro é uma boa ocasião para professores, contadores de histórias e outros profissionais que trabalham com jovens, para conversar sobre a adolescência e os desafios do convite para a leitura nessa fase da vida, em que os livros acabam competindo com jogos eletrônicos, celulares e redes sociais.
“Biografias” será o tema da mesa do dia 23, que reunirá os escritores Paulo César Araújo e Edinha Diniz. Paulo César é historiador, jornalista e autor do livro “Roberto Carlos em detalhes”, recolhido pela justiça a pedido do cantor. O autor escreveu também “Eu não sou cachorro, não” (Editora Record, 2002), obra considerada referência na historiografia da MPB, por revelar a censura aos cantores considerados bregas durante a ditadura militar.  Edinha Diniz é pesquisadora da música popular e escreveu, entre outras, a biografia da compositora Chiquinha Gonzaga.
A mesa do dia 24, os escritores Luiz Ruffato e Michel Laub falarão sobre as relações entre a memória e a ficção. Finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura, os autores integram a lista dos 10 escritores que concorrem ao título de Melhor Livro do Ano, Laub com Diário da Queda, (Companhia das Letras) e Ruffato com Domingos sem Deus (Record).
A programação completa do evento está AQUI. O telefone para mais informações é o 14 3302 3344.

17 de ago. de 2012

Obra de Jorge Amado é lembrada na 4ª edição do A(o)gosto das Letras

Jorge Amado é o autor homenageado desta 4ª edição do Festival Literário Aogosto das Letras. O escritor baiano completaria 100 anos em 2012.  Sua obra literária permanece como expressão da identidade brasileira reconhecida em todo o mundo e será lembrada nesta semana literária em Ourinhos em leituras cênicas inspiradas em seus livros, performances, exibição de filmes, oficinas de artes e de culinária.
Jorge Amado escrevendo Dona Flor com ajuda do gato Nacib.

A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.

Além de escritor, Jorge Amado tem participação importante na vida política do país, integrante do partido comunista, foi exilado, preso e perseguido.  Dos mais de sessenta anos de carreira, quase 25 foram dedicados à construção de uma prática literária ajustada aos dilemas de seu engajamento no PCB. Entre 1933 e 1954 a ideologia de Amado resultou um uma volumosa produção, distribuída entre biografias, teatro, escritos políticos e, sobretudo, romances: Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar morto (1936), Capitães da Areia (1937), ABC de Castro Alves (1941), O Cavaleiro da Esperança: a vida de Luís Carlos Prestes (1942), Terras do sem-fim (1943), São Jorge dos Ilhéus (1944), Bahia de Todos os Santos (1945), Seara vermelha (1946), O amor do soldado (1947), O mundo da paz (1951) e a trilogia  Subterrâneos da liberdade (1954), com os volumes  Os ásperos tempos, Agonia da noite e A luz do túnel.

A obra de Jorge Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997).

Recebeu muitos títulos, como de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha, Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10 universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente. Mas, Jorge Amado orgulhava-se mesmo era do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.

Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos.

FONTE: A militância política na obra de Jorge Amado, de Luiz Gustavo Freitas Rossi; 
                ONG Fundação Casa de Jorge Amado, Salvador, BA.

16 de ago. de 2012

Projetos de incentivo à leitura consolidam ações da AABiP

O trabalho da Associação de Amigos da Biblioteca Pública (AABiP) tem colaborado para incentivar a leitura e valorizar a literatura em Ourinhos e região. Através de convênio com os governos do município e Estado, a AABiP deu novo fôlego às atividades das Bibliotecas Públicas da cidade. O acervo foi informatizado, e os espaços de leitura receberam novo visual, mais agradável e convidativo. Os usuários agora também têm acesso a computadores, e a compra de novos livros é feita com regularidade. Mas o investimento não foi só em equipamentos e espaço físico. As Bibliotecas possuem hoje uma agenda permanente de atividades que estimulam a leitura como contação de histórias, oficinas literárias e rodas de leitura, tornando o espaço mais dinâmico e participativo.
   
    O A(o)Gosto das Letras, festival literário que acontece há quatro anos no mês de agosto, contribui para valorizar e revelar a literatura na cidade e região. Encontros com autores, palestras, oficinas, shows e atividades para crianças provocam reflexões a respeito da importância da leitura.  A participação de professores e alunos tem sido fundamental para que a ideia da importância da leitura seja levada para as escolas. Desta forma, as propostas de trabalho da AABiP acabam contribuindo também para a motivação e incentivo da leitura nas escolas.

    As recentes publicações de pesquisas divulgando o desempenho de alunos e escolas públicas reforçam a importância da leitura para o desenvolvimento da atividade escolar. As escolas melhor avaliadas em 2012 pelo IDEB possuem atividades regulares de leitura e incluem atividades artísticas em seus currículos. Essas avaliações servem de estímulo para as ações da Associação de Amigos da Biblioteca Pública. “Estamos fazendo a nossa parte”, resume Rogério Singolani, presidente da Associação.

A(o)Gosto das Letras elege leitores convidados

Na próxima terça-feira, 21, começam as atividades do 4o. A(o)Gosto das Letras. O evento foi criado com objetivo de incentivar a leitura e deixar a literatura em evidência na cidade. A realização do evento pelo quarto ano consecutivo contribui para consolidar a proposta, realizada pela Associação de Amigos da Biblioteca Pública, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e apoio do Proac-Editais.

A semana será repleta de atividades: encontros com escritores, oficinas, shows e exposições.
Para que os encontros com os autores sejam mais produtivos e consistentes, a curadoria do evento criou a categoria de “Leitor convidado”. A proposta foi fazer convites antecipados para pessoas que se interessam por literatura para que lessem livros dos autores que estarão presentes durante a semana. “Desta forma, o público fica mais  próximo da atividade proposta, já que teve contato com a obra literária”, destaca a secretária de Cultura, Neusa Fleury.

Na terça-feira, dia 21, terça, tem início as mesas literárias que acontecem no PUB 744 às 20h.  A obra do autor curitibano Dalton Trevisan:  “O vampiro de Curitiba”,  será comentado por profissionais do Núcleo de Psicanálise de Ourinhos. Os leitores convidados para esta noite são Tereza Luz, João Batista Albano, Rosemeire Lopes Albano, Angela Miglioli e Tatiana Oliveira.

No encontro da quarta-feira, 22, o tema é “Literatura para jovens”, e reúne as autoras Ivana Arruda Leite e Indigo. Os leitores convidados são Fernanda Saraiva Romero, Leda Mansur, Fátima Barbosa Santilli, Isabel de Lourdes Deodato, Azlin Guerra Brisola e Milca Tada Perino.
“Biografias” é o tema do bate-papo do dia 23, quinta-feira. Os autores convidados são Paulo Cesar Araujo e Edinha Diniz. Os leitores convidados da noite são Antonio Carlos Surumba Nunes, Marcos Prado, Jaqueline Picoloto, Durval Fernandes e  Tânia Faber.

A última mesa literária do A(o)Gosto das letras acontece na 6a. Feira, reunindo dois escritores finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura deste ano: Michel Laub e Luiz Ruffato, e o tema é “Literatura e memória”. Os leitores convidados para essa noite são: Fernanda Saraiva, Rogério Augusto Singolani, Roberto Ruiz, Valdir Grandini e Leandro Faria.

O dia 23, quinta-feira, é todo dedicado às crianças, que participam da programação criada para elas e que acontece no Centro de Convivência “Benedicto da Silva Eloy” a partir das 8h30.
As atividades do A(o)Gosto das Letras se estendem pelo final de semana: No sábado, 25, no PUB, acontece o lançamento do livro “Din din, o pinguin”, de Fernanda Saraiva Romero,  autora ourinhense homenageada pelo evento. E no domingo, às 16 horas, no Teatro Municipal, o espetáculo “No meio do caminho tinha um conto. No meio do conto tinha um caminho” com o músico Gabriel Levy e a escritora Regina Machado.
Todas as atividades são gratuitas, mas é preciso retirar convite. A programação completa está no curtaourinhos.blogspot.com.
   

15 de ago. de 2012

4º A(o)gosto das Letras - Oficinas são opções para o público adulto

O escritor Luiz Ruffato coordena a oficina de Escrita Criativa.
Além das oficinas destinadas para as crianças no A(o)gosto das Letrinhas, o festival literário oferece também três opções para os adultos. A primeira é a oficina de Aquarela, com Alessandro Brandão, nos dias 21 e 22, terça e quarta-feira. Através das ilustrações de livros de Jorge Amado por seu parceiro Carybé, os participantes poderão aprender a técnica da aquarela com inspiração no universo do escritor baiano. A atividade vai acontecer na Biblioteca-ramal Clarice Lispector, na vila Margarida, e oferece 20 vagas. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no local.

Dias 23 e 24 a oficina Jorge Amado na cozinha, traz de volta à Ourinhos o sociólogo Fernando Nogueira. Ele vai mostrar como a riqueza da culinária baiana, presente na obra de Jorge Amado, contribuiu para a formação do patrimônio gastronômico brasileiro. A oficina vai acontecer na Casinha da Esquina e as vagas já estão preenchidas.

Dia 25, sábado, o escritor Luiz Ruffato coordena a oficina Escrita Criativa, voltada às pessoas que desejam se expressar através da escrita e já escrevem. A atividade acontece das 9h às 17h na Casinha da Esquina com duas horas para o almoço. Ruffato é um dos mais destacados escritores brasileiros da atualidade e já conquistou alguns dos principais prêmios literários do país, como APCA, Jabuti, Machado de Assis e este ano é finalista do prêmio São Paulo de Literatura na categoria Melhor Livro do Ano. Seus livros foram traduzidos em vários países. Todos os inscritos devem apresentar um texto de ficção de no máximo 6 mil caracteres. A participação é gratuita e as vagas são limitadas. O telefone para contato é 14 3302 3344.

14 de ago. de 2012

Contação de Histórias com Gabriel Levy e Regina Machado

Dia 26, domingo, às 16h, o espetáculo No meio do caminho tinha um conto. No meio do conto tinha um caminho, com Regina Machado e Gabriel Levy, encerra a programação 2012 do Festival Literário A(o)gosto das Letras.
A montagem traz narração de estórias para adultos, jovens e crianças contadas pela escritora Regina Machado e musicadas por Gabriel Levy. Os contos selecionados falam de amor, desafios, humor e aventura, apresentando diferentes tipos de culturas, ritmos e estilos de narração. A apresentação tem entrada franca e vai acontecer no Teatro Municipal “Miguel Cury”.

Em 2011, Gabriel foi professor do curso de Música do Mundo no Festival de Música de Ourinhos.
Como parte da pesquisa sobre Arte Narrativa realizada na USP, Regina Machado narra estórias milenares das mais variadas tradições do Oriente e Ocidente.“São contos da tradição oral com acompanhamento musical do Gabriel.  O repertório é pesquisado para cada situação e os contos são escolhidos destinados a famílias, educadores, contadores de histórias e à comunidade”, explica a escritora.

Regina Machado é professora Doutora do Depto de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. É criadora e coordenadora do Encontro Internacional BOCA DO CÉU de contadores de histórias e coordenadora do Grupo Pé de Maravilha de músicos e contadores de estórias desde 2008. É criadora dos espetáculos de narração Moio de Pavio ( 2007 ) e Ninguém (2009) e autora dos livros A formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo, S. Paulo, (Cia das Letrinhas), Nasrudin (Cia das Letrinhas), O violino cigano e outros contos de mulheres sábias, (Cia das Letras) entre outros.

Gabriel José Levy é acordeonista, arranjador e compositor .Tem formação eclética voltada tanto para a música erudita como para a popular. Atua como educador musical, arranjador e regente coral, produtor e diretor musical de dezenas de cds. Recentemente tem se dedicado à musica instrumental como compositor e acordeonista, participando em diversas turnês internacionais pela América Latina, Europa e Ásia. É integrante da Orquestra Mundana, da Orquestra Cometa Gafi (gafieira), do Trio kagurazaka (musica japonesa), da tribo Mutrib (música dos Balkans e Mediterraneo oriental) e do grupo Mawaca de músicas étnicas que pesquisa tradições musicais do mundo. Atualmente tem se apresentado com seu próprio trio ou quarteto tocando repertório tradicional ou composições inspiradas em músicas do mundo.

13 de ago. de 2012

ILAN BRENMAN CONVERSA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DO LEITOR

Ilan Brenman participa do A(o)Gosto das Letras conversando com o público sobre um tema que interessa a todos: “Formando leitores dentro de casa”. O encontro acontece no sábado, dia 25, às 10h na Biblioteca Pública “Tristão de Athayde”, com entrada franca.
Ilan é mestre e doutor em educação pela USP, e autor premiado de literatura infantil e juvenil. Publicou mais de 50 livros no Brasil, Europa e Ásia. Seus trabalhos acadêmicos sempre defendem uma literatura infantil e juvenil livre da ideologia do “politicamente correto” e com  respeito à inteligência e a sensibilidade da criança e do jovem leitor.
Atualmente Ilan compartilha suas reflexões sobre educação, cultura e outros vários assuntos em sua  coluna mensal na Revista Crescer. O jornal Balaio Cultural entrevistou o escritor e contador de histórias com exclusividade:

1 – O tema do encontro em Ourinhos é a formação de leitores dentro de casa. Qual é o papel da família nessa empreitada?
O papel da família é total, famílias leitoras, ou que estimulem á leitura, são formadoras de crianças leitoras.

2 – De que forma pais que não são leitores podem ajudar seus filhos?
Levando-as para livrarias, bibliotecas, contando histórias inventadas, da sua infância, mostrando que contar, ouvir e ler histórias é uma das atividades mais deliciosas do mundo.

3 – Que tipo de atividades são capazes de despertar em adultos o gosto pela leitura?
Outro adulto comentando de forma apaixonada sobre um livro que acabou de ler, ou filme que remete a algum livro. Frequentar livrarias e bibliotecas podem ser  uma surpreendente descoberta.

4 – Numa sociedade cada vez mais especializada, muitos leitores estão voltados somente para textos técnicos ou outras leituras rápidas. Qual a importância do texto literário para a formação de um leitor?
Sem imaginação não há aprendizagem! A ficção é o combustível da criatividade, do raciocínio e da reflexão. 

5 -  Apesar da constatação de que as pessoas se comunicam mais através da escrita devido às rede sociais e e-mails, o que se verifica é que a leitura de textos na internet muitas vezes não incentiva a concentração necessária para a compreensão de textos literários. Você concorda com isso? A internet acaba sendo um problema na formação de jovens leitores?  
Sim, concordo. A internet tem como premissa a superficialidade, ela não quer pessoas concentradas, focadas, ela vive dos nossos pulos de link à link, ela ganha dinheiro com esse nosso comportamento “macacal”, assim pulando de galho em galho, não conseguimos enxergar a árvore toda, suas raízes, sua história. O livro de papel  faz com que mergulhemos na ficção de uma forma mais inteira, sem agitação externa, com menos distrações e , principalmente, num silêncio que abre espaços para ouvirmos nossos próprios pensamentos.

6 – Como é o projeto “Degustação de histórias”, que você desenvolve? Como é essa união  entre gastronomia e literatura?
É um projeto que se propõe alimentar à alma e o corpo dos participantes. Uma de chef cozinha pratos de  uma temática que seleciono (ex. Índia) , eu conto histórias indianas e ela faz os pratos desse país.

10 de ago. de 2012

Show com Gabriel Sater sábado no teatro municipal

Neste sábado, dia 11, o cantor, compositor e instrumentista Gabriel Sater apresenta em Ourinhos músicas de seu último disco, A Essência do amanhecer. Além das músicas regionais chamadas raiz, o músico e sua banda mostram influências da música latina, porteña, africana, cigana, e também do jazz. A entrada é gratuita e a apresentação começa às 20h30 no Teatro Municipal Miguel Cury. LER MAIS.

CURIOSIDADES DE UMA ÉPOCA, HÁ 80 ANOS

Pequenas notas, avisos e anúncios divulgados no jornal A Voz do Povo, em janeiro de 1932.

Por Ramiro Bécheri Cortez,
Escritor e Agente Cultural.

A Banda Municipal apresentava-se regularmente no 'jardim', como era chamada a praça central (praça Mello Peixoto). Nessa época, o maestro Américo de Carvalho já estava à frente da Banda, onde permaneceria até o ano de 1981.
O 'Jardim' antes da primeira reforma, realizada em 1937.


Anúncio da loja Ao Rei dos Barateiros, especializada em artigos carnavalescos.


O lança-perfume tinha presença garantida nos carnavais no início do século passado. Era considerada uma diversão inofensiva, pois perfumava o ambiente e trazia sensações agradáveis aos foliões. Tanto que o jornal estampava em suas páginas, sem maiores complicações, um anúncio sobre o produto, hoje considerado tóxico.

Seu uso foi proibido em 1961, pois além de euforia e desinibição o lança-perfume pode provocar efeitos entorpecentes bastante nocivos, como alucinações, desmaios, falta de ar e outras complicações.






Cobrança da assinatura do jornal – apelo aos devedores.

  A 'assignatura annual' do semanário A Voz do Povo custava 15$000 (quinze mil reis), e a semestral, 8$000 (oito mil reis). Numa tentativa de sensibilizar os assinantes que estavam em atraso, o jornal, através de uma pequena nota, fez esse apelo aos inadimplentes.
Nota de cinco mil Réis.

 Até mesmo poemas eram publicados no jornal, que contava com colaboradores os mais diversos.
Poema da poetiza Alma Negri, exaltando a cidade.
* obs.: o prefeito na época, a quem o poema se refere, era José Felipe do Amaral.


E, para ilustrar nossa imaginação, uma foto do município e seus cafezais.
Vista aérea de Ourinhos, na década de 1930.

A(O)GOSTO DAS LETRAS - Noite do dia 23 discute a criação de biografias


A biografia é um gênero literário que atrai muitos leitores. Conhecer detalhes da vida de outra pessoa atrai a curiosidade, mas ser biógrafo não é tarefa fácil. Sobre essas dificuldades Paulo Cesar Araujo fala com propriedade. Autor da polêmica biografia “Roberto Carlos em detalhes”, proibida pelo cantor, Paulo Cesar e Edinha Araujo (autora da biografia de Chiquinha Gonzaga) participam da mesa literária do dia 23, quinta, às 20h no PUB.
Edinha Diniz (foto) tem formação em Ciências Humanas e dedica-se, há mais de trinta anos, ao estudo da música popular brasileira. Seu trabalho de pesquisa sobre a  compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga resultou em ensaio biográfico, discos, peças de teatro, enredos de escolas de samba e de agremiações carnavalescas, documentários, culminando com a minissérie da TV Globo, além de duas versões da história para o público infanto-juvenil. Edinha também publicou outros livros para esse público leitor: biografias de Machado de Assis, Jorge Amado, Zélia Gattai e Cartola.
Paulo Cesar de Araújo (foto) é historiador, jornalista, mestre em Memória Social e teve sua obra mais polêmica, a biografia de Roberto Carlos, proibida quando ocupava as listas dos livros mais vendidos.  Escreveu também  Eu não sou cachorro, não (Editora Record, 2002), obra considerada referência na historiografia da MPB, por revelar que os cantores bregas foram censurados no período da ditadura militar. Sucesso de público e de crítica, seus livros receberam elogios de personalidades como Caetano Veloso, Nelson Motta, Washington Olivetto, entre outros.
“Roberto Carlos em detalhes” foi lançado em dezembro de 2006, e imediatamente o cantor entrou na justiça pedindo a proibição da venda dos livros, e foi atendido. A biografia foi fruto de 15 anos de pesquisa e quase 200 entrevistas. No livro, o autor revela como nasceram canções como “Detalhes”, “Emoções”, “Quero que vá tudo para o inferno” e tantas outras que fazem parte da memória afetiva de milhões de brasileiros, além de histórias com Erasmo Carlos, Tim Maia e outros. 
O encontro dos dois biógrafos na noite do dia 23 vai possibilitar reflexões a respeito da legislação brasileira sobre o assunto. Se nada for mudado, corremos o risco de só termos acesso a publicações de “biografias oficiais”, autorizadas pelas famílias, que enalteçam o biografado, porém sem  compromisso com a pesquisa e história reais. Prejuízo para o leitor e para os escritores, receosos de terem todo o trabalho prejudicado pela censura.
O 4º A(o)gosto das Letras é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura de Ourinhos, Associação de Amigos da Biblioteca Pública -AABiP - e Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo – PROAC.

9 de ago. de 2012

Finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura estarão no A(o)gosto das Letras


Os escritores Luiz Ruffato e Michel Laub participam da 4ª edição do A(o)gosto das Letras no dia 24, sexta, na Mesa Literária “O lugar da memória na literatura”. Finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura, os autores integram a lista dos 10 escritores que concorrem ao título de Melhor Livro do Ano, Laub com Diário da Queda, (Companhia das Letras) e Ruffato com Domingos sem Deus (Record).

Michel Laub.


Luiz Ruffato.
Reconhecido atualmente como um dos prêmios literários mais importantes do país, o Prêmio São Paulo de Literatura oferece o maior valor em dinheiro, são 200 mil Reais para o autor do livro do ano. Além dessa categoria, a de “Melhor Livro - Autor Estreante do Ano” oferece a mesma premiação em dinheiro para um dos 10 autores de romance editados em 2011.

O Prêmio São Paulo de Literatura surgiu em 2008 com o objetivo de ser um estímulo à leitura, integrando uma série de projetos da Secretaria de Estado da Cultura, nessa área. Por meio da premiação, o público conhece as melhores produções literárias do ano, o que aumenta o interesse pela literatura nacional.

Em Ourinhos, os autores irão conversar sobre seus livros e sobre a relação entre a ficção e a memória. A mesa acontece a partir das 20h no PUB 744. A entrada é gratuita. Luiz Ruffato, além de escritor premiado com APCA, Machado de Assis e Prêmio Jabuti de Literatura, é coordenador de oficinas de escrita voltadas para o público idoso, onde as pessoas são estimuladas a recordar histórias de vida e criar textos. Com cinco livros publicados, o gaúcho Michel Laub já foi editor da Revista Bravo e coordenou publicações do Instituto Moreira Sales.  Na FLIP deste ano a revista de literatura Granta incluiu seu nome como um dos 20 melhores jovens autores brasileiros. A revista, de língua inglesa, é uma das mais respeitadas do mundo e no Brasil é publicada pelo selo Alfaguara.

8 de ago. de 2012

“Impressões de um vampiro” é o tema de discussão sobre livro de Dalton Trevisan

A noite do dia 21 do Aogosto das Letras marca o início das mesas literárias da quarta edição do evento literário com “Impressões de um vampiro”. O encontro reúne integrantes do Grupo de Psicanálise de Ourinhos para conversar sobre  “O vampiro de Curitiba”, de Dalton Trevisan.

O grupo começou suas atividades há 18 anos, idéia de alguns profissionais que viajavam juntos para estudar psicanálise e sentiam necessidade de encontros para estudar e trocar experiências. “Trabalhamos com temas científicos e culturais, discutindo casos clínicos ou analisando livros ou filmes. A essência humana se revela principalmente na literatura, daí nosso grande interesse”, explica Juliane Yamaji, presidente do Grupo.

O autor foi homenageado com o Prêmio Camões em 2012. Ilustração: Ricardo Humberto.
Dalton Trevisan nasceu em 1925, em Curitiba. Formado em Direito, exerceu as funções de repórter policial e crítico de cinema. Sua estréia nacional na literatura foi em 1959 com Novelas nada exemplares (Prêmio Jabuti), reunião de sua produção das duas décadas anteriores. Desde então, Trevisan publicou mais de 30 livros — dos quais apenas A polaquinha é romance —, vários deles traduzidos para o inglês, o polonês e o italiano. Recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra em 1996. Reconhecido como um dos maiores contistas da literatura brasileira, em 2011, aos 86 anos, venceu novamente o prêmio Jabuti com Desgracida e publicou O anão e a ninfeta, reunião de 40 contos inéditos. Recebeu, neste ano, o Prêmio Camões, principal reconhecimento da literatura em língua portuguesa atribuído anualmente por Brasil e Portugal desde 1988 e que teve João Cabral de Melo Neto, José Saramago e Antonio Candido entre seus ganhadores.

Os hábitos reclusos de Trevisan lhe renderam o apelido de “O vampiro de Curitiba”. Dalton Trevisan compartilha com seu contemporâneo Rubem Fonseca (ambos nasceram em 1925) a recusa em aparecer publicamente, não concedendo entrevistas nem fotografias, não comparecendo a cerimônias de premiações literárias nem escrevendo acerca do trabalho da escrita.

Em “O vampiro de Curitiba”, Nelsinho é o protagonista de todos os contos. Ao longo do livro, percorre uma viacrucis, com o objetivo de saciar-se sexualmente com as mulheres que encontra nas ruas de Curitiba, cenário de todos os livros publicados pelo autor.
Apesar de o livro ser descrito como “novela”, cada um dos capítulos pode ser lido de maneira isolada, como se fossem contos.

Segundo Thomas Lask, do “The New York Times”, “Existem forte veio de erotismo nestas histórias. Não é exibicionista, mas funcional para as intenções do autor. É mesmo o símbolo absurdo da cidade, de seus estreitos e confinados horizontes”.

7 de ago. de 2012

4º A(o)gosto das Letras – onde os leitores de encontram

As ações do programa VivOurinhos sempre privilegiaram o incentivo à leitura. Apenas para lembrar algumas destas inciativas, destacamos as capacitações para mediadores de leitura, as contações de histórias que acontecem regularmente em vários espaços de leitura e que já envolveram milhares de alunos em 2012, a revitalização das bibliotecas públicas, a atualização e a informatização do seu acervo. 

A realização do 4º A(o)gosto das Letras, entre os dias 21 e 26 de agosto, é o momento de compartilhamento destas experiências. Para isso, escritores, contadores de histórias e vários outros artistas estarão na cidade para conversar com o público sobre o seu trabalho, motivando aqueles que acreditam que formando leitores estaremos formando pessoas mais criativas e aptas a enfrentar os desafios do mundo atual.

Autores como Luiz Ruffato, Michel Laub, Paulo César Araújo, Edinha Diniz, Ivana Arruda Leite e Índigo participarão de mesas onde serão debatidos temas como a literatura que se produz para os jovens, as relações entre a ficção e a memória e a produção de biografias. Parceiros em outras edições do A(o)gosto, integrantes do Grupo de Estudos de Psicanálise de Ourinhos falarão sobre o livro “O vampiro de Curitiba”, do autor curitibano Dalton Trevisan, vencedor do prêmio Camões 2012.
O escritor e contador de histórias Ilan Brenmam conversa com pais e professores sobre a formação de leitores dentro de casa.

Jorge Amado será o autor homenageado e a programação traz uma série de referências à sua obra. O sociólogo Fernando Nogueira coordenará a oficina ‘A cozinha de Jorge Amado’, destacando a culinária baiana presente em seus livros. Leituras encenadas e a exibição de um documentário também lembram o escritor no centenário de seu nascimento. A escritora Fernanda Saraiva Romero também será homenageada. Autora de livros para crianças e responsável pela formação de muitos leitores em Ourinhos, Fernanda participará de bate-papo sobre a sua obra e aproveita para lançar seu quarto livro, também direcionado ao público infantil.

Os músicos Celso Viáfora, Luiz Pinheiro e Paulo Freire realizam shows após os encontros com os escritores no PUB 744. Para as crianças tem também o A(o)gosto das Letrinhas, um dia recheado de atividades, com contação de histórias, teatro de bonecos, oficinas e brincadeiras, sempre tomando a literatura como inspiração.

O 4º A(o)gosto das Letras é resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura, a Associação de Amigos da Biblioteca Pública (AABiP) e o ProAc - Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo. Vamos todos participar desta festa literária.

2 de ago. de 2012

Mesas do 4º A(o)gosto das Letras reunirão diversos escritores


Encontros acontecem no PUB 744.
O 4ºA(o)gosto das Letras será uma boa oportunidade para encontrar com os escritores que participarão das mesas de debates. “Serão quatro mesas com escritores convidados, que conversarão com o público sobre assuntos relacionados à literatura”, afirma a secretária de Cultura, Neusa Fleury. No dia 21, integrantes do Grupo de Estudos de Psicanálise de Ourinhos analisam a obra “O vampiro de Curitiba”, do escritor curitibano Dalton Trevisan, ganhador do Prêmio Camões 2012.

Ivana Arruda.
No dia 22, as escritoras Ivana Arruda Leite e Índigo participam da mesa “Escrevendo para jovens”. O encontro é uma boa ocasião para professores, contadores de histórias e outros profissionais que trabalham com jovens, para conversar sobre a adolescência e os desafios do convite para a leitura nessa fase da vida, em que os livros acabam competindo com jogos eletrônicos, celulares e redes sociais. Ivana  é mestre em sociologia USP e autora de contos e romances, com foco no universo feminino e juvenil.  Índigo é pioneira no uso da literatura na internet, escrevendo contos para publicação em sites e blogs ainda na década de 1990.
Paulo César Araújo.

“Biografias” será o tema da mesa do dia 23, que reunirá os escritores Paulo César Araújo e Edinha Diniz. Paulo César é historiador, jornalista e autor do livro “Roberto Carlos em detalhes”, recolhido pela justiça a pedido do cantor. O autor escreveu também “Eu não sou cachorro, não” (Editora Record, 2002), obra considerada referência na historiografia da MPB, por revelar a censura aos cantores considerados bregas durante a ditadura militar.  Edinha Diniz é pesquisadora da música popular e escreveu, entre outras, a biografia da compositora Chiquinha Gonzaga.

A mesa do dia 24, os escritores Luiz Ruffato e Michel Laub falarão sobre as relações entre a memória e a ficção. Luiz Ruffato é um dos mais destacados escritores brasileiros da atualidade e conquistou alguns dos principais prêmios literários do país, como o Jabuti e o APCA. É autor de vários livros, com destaque para “Eles eram muitos cavalos”, “O mundo inimigo” e “Vista parcial da noite”. Coordena oficinas de escrita voltadas também para o público idoso, onde as pessoas são estimuladas a recordar histórias de vida, lembranças que acabam virando textos escritos. O gaúcho Michel Laub foi editor da Revista Bravo, e coordenou publicações do Instituto Moreira Sales. Publicou cinco romances: Música anterior, Longe da água, O segundo tempo, O gato diz adeus e Diário da queda, que teve os direitos vendidos para o cinema. Recebeu os prêmios Bravo/Bradesco e foi finalista dos prêmios Jabuti e Portugal Telecom.
Todas as mesas acontecerão no PUB 744, a partir das 19h45. A entrada é gratuita e os convites devem ser retirados com antecedência na Secretaria Municipal de Cultura de Ourinhos, rua D. Pedro I, 394. O telefone para mais informações é (14) 3302.3344. O 4º A(o)gosto das Letras é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura de Ourinhos, Associação de Amigos da Biblioteca Pública -AABiP - e Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo – PROAC.

1 de ago. de 2012

Inscrições abertas para oficinas do A(o)gosto das Letras

Luiz Ruffato coordena a oficina de Escrita Criativa.
Além das oficinas destinadas para as crianças no Aogosto das Letrinhas, o festival literário oferece também três opções para os adultos. A primeira é a oficina de Aquarela, com Alessandro Brandão, nos dias 21 e 22, terça e quarta-feira. Através das ilustrações de livros de Jorge Amado por seu parceiro Carybé, os participantes poderão aprender a técnica da aquarela com inspiração no universo do escritor baiano. A atividade vai acontecer na Biblioteca-ramal Clarice Lispector, na vila Margarida, e oferece 20 vagas. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no local.

Dias 23 e 24 a oficina Jorge Amado na cozinha, traz de volta à Ourinhos o sociólogo Fernando Nogueira. Ele vai mostrar como a riqueza da culinária baiana, presente na obra de Jorge Amado, contribuiu para a formação do patrimônio gastronômico brasileiro. A oficina oferece 15 vagas e vai acontecer na Casinha da Esquina. Haverá preparação de receitas, as inscrições são gratuitas.

Dia 25, sábado, o escritor Luiz Ruffato coordena a oficina Escrita Criativa, voltada às pessoas que desejam se expressar através da escrita. A atividade acontece das 9h às 17h na Casinha da Esquina com duas horas para o almoço. As inscrições são gratuitas na Secretaria Municipal de Cultura. O telefone para contato é 14 3302 3344.