18 de jul. de 2012

HOJE É A NOITE DO JAZZ COM SIZÃO MACHADO SEXTETO E O SHOW A BENÇÃO MAESTRO MOACIR SANTOS

Ontem, dia 17, a Orquestra Pixinguinha apresentou no Teatro Municipal repertório do músico homenageado pelo 12º Festival de Música. Hoje, dia 18, a programação do Festival de Música começa às 10h30 no Centro Cultural Tom Jobim com um encontro com o maestro português Paulo Alexandre de Jesus Clemente. Ele conversa com o público sobre a formação de novos músicos e a sua permanência na banda. No período da tarde serão exibidos os documentários El Sistema, de Paul Smaczny e Maria Stodmeier, Pixinguinha e a velha guarda do samba, de Thomaz Farkas e Ricardo Dias e Nós somos um poema.
Às 20h30 no Teatro Municipal Miguel Cury acontece um dos shows mais esperados da programação do 12º Festival, o Sexteto Sizão Machado apresenta  A Benção, maestro Moacir Santos. Neste trabalho o músico Sizão desenvolve arranjos e adaptações das composições de Moacir Santos para uma formação de sexteto, com três sopros, procurando manter a maior fidelidade possível à sonoridade original.
O sexteto que homenageia Moacir Santos é formado por Sizão Machado (concepção, arranjos e contrabaixo), Carlos Ezequiel (bateria), Fabio Leandro (piano), Josué dos Santos (sax barítono e flauta), Vitor Alcântara (sax alto) e Walmir Gil (trompete).
Sizão já foi professor do festival por vários anos, nesta edição é professor no curso de Prática de Big Band. Criador de uma linguagem musical única, que vai muito além do universo de seu instrumento, o contrabaixista Sizão Machado é reconhecido nacional e internacionalmente, por suas atuações ao lado de Chet Baker, Herbie Mann, Elis Regina, Jim Hall, Chico Buarque, Dori Caymmi, Djavan, Milton Nascimento, Ivan Lins, Flora Purim, Airto Moreira e muitos outros. Além de sua atuação pelos palcos do mundo, Sizão participou da gravação de mais de uma centena de discos com os mais variados artistas, nacionais e internacionais. Na Carolina do Sul gravou o trabalho de Paul Winter, o cd Crestone, ganhador do Grammy de melhor álbum, categoria New Age de 2008. Com o saxofonista realizou shows no Clearwater Festival e um concerto na Catedral de Saint John The Devine, em Nova York.
Atualmente Sizão apresenta seu trabalho com formações variadas ao lado de grandes instrumentistas e acompanha as apresentações e gravações do Quinteto Sambazz, Terrêro de Jesus, Regra de Três, Lumina, Renato Braz, Dori Caymmi, Celso Viáfora, Wilson das Neves, Heraldo do Monte e Alessandro Penezzi e Cesar Camargo Mariano.
Nesta apresentação em Ourinhos, Sizão estará acompanhado dos músicos Carlos Ezequiel, que  é compositor e produtor musical, do pianista Fábio Leandro que já se apresentou com grandes nomes como Filó Machado, Dominguinhos, Ricardo Herz, Arrigo Barnabé, entre outros, do saxofonista e flautista Josué dos Santos, que foi aluno de Roberto Sion, Hector Costita, Izidoro Longano (Bolão) e Vinícius Dorin. Atualmente é membro da Banda Mantiqueira, Soundscape Big Band e Banda Savana. O quinto integrante é o Saxofonista Vítor Alcântara, que já participou da Orquestra Jazz Sinfônica e integrou a Banda Mantiqueira por doze anos. E o sexteto fica completo com Walmir Gil é um dos mais notáveis trompetistas brasileiros e que também será professor do festival neste ano.

Moacir Santos, Não és um só, és tantos. 

Homenageado por Vinicius de Moraes em seu Samba da bênção – "A bênção, maestro Moacir Santos/ Não és um só, és tantos/ Como o meu Brasil de Todos os Santos/ Inclusive meu São Sebastião" – o compositor, arranjador e multiinstrumentista pernambucano Moacir Santos foi o inspirador da obra de grandes nomes da música brasileira como Baden Powell, Sergio Mendes, Airto Moreira, Dori Caymmi, Paulo Moura, Sizão Machado, Nailor Proveta, Mauricio Carrilho, e tantos outros que foram seus alunos ou beberam de sua fonte.
Wynton Marsalis, um dos maiores trompetistas do jazz contemporâneo, o compara a ninguém menos que Beethoven, pela inventividade, e a Duke Ellington, pela clareza de seus arranjos.
No princípio Moacir fazia arranjos intuitivamente, sem conhecer as regras. Só anos mais tarde, vale lembrar, o maestro estudou teoria musical com o famoso Guerra Peixe, e depois com o compositor alemão Koellreutter, de quem se tornou assistente. Após 30 anos morando em Los Angeles, Moacir teve sua obra resgatada no Brasil com um disco feito pelos instrumentistas Zé Nogueira e Mario Adnet, que garimparam composições revolucionárias da obra do maestro. Foram lançados no Brasil trabalhos sensacionais como Coisas (gravado em 1965, remasterizado e relançado em 2005), Ouro negro (em CD e DVD) e Choros & alegria.

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