17 de mai. de 2012

NÃO CONDENE AS GERAÇÕES FUTURAS À MEDIOCRIDADE QUE PREVALECE NA TEVÊ

Nunca se escreveu tanto sobre a importância do livro e do incentivo à leitura. O assunto é tratado com bastante frequência nos cadernos de cultura dos grandes jornais e nas páginas da internet. Por outro lado, há quem afirme que no futuro o leitor será uma criatura que causará estranheza à maioria das pessoas ou mesmo que o livro deixará de existir, o que provavelmente não acontecerá, embora os dados sobre leitura no Brasil nem sempre sejam animadores. Estas e outras questões estão diretamente relacionadas à atuação de uma instituição tradicionalmente pouco valorizada, que busca sintonizar-se a uma realidade onde os jovens tem o acesso facilitado ao mundo virtual sem um adequado domínio dos códigos básicos da escrita e do entendimento daquilo se lê. Trata-se da biblioteca pública.

Biblioteca Municipal Tristão de Athayde
Se num passado não tão distante as bibliotecas não passavam de depósito de enciclopédias velhas e de funcionários rejeitados por outros setores, hoje ela está presente em qualquer discussão sobre políticas públicas e acredita-se que ela não seja menos importante que um posto de saúde ou uma escola. Enfim, é quase uma unanimidade que as bibliotecas públicas são um espaço privilegiado no processo de formação do leitor. Mas que biblioteca é essa, tão defendida e muitas vezes indefinida em suas atribuições? Como ela deve ser inserida em gestões que buscam o crescimento das pessoas e o fortalecimento de uma identidade cultural da cidade.

Em Ourinhos, com a implantação do programa gestão cultural conhecido como VivOurinhos, a Secretaria Municipal de Cultura tem direcionado suas ações no sentido de incluir a questão da leitura em sua agenda de prioridades. O acervo das bibliotecas é atualizado com certa frequência e ao longo do ano é possível acompanhar diversas iniciativas que favorecem o contato das pessoas com os livros. Regularmente, alunos das escolas públicas e privadas acompanham contações de histórias nos espaços de leitura, como a Biblioteca Tristão de Athayde e a Biblioteca Ramal da Vila Margarida, além da Casinha da Esquina, localizada no Centro de Convivência. São centenas de crianças participando de uma atividade criativa que apresenta a elas o universo da imaginação presente em nossa rica produção literária. Contações de histórias se multiplicam não só nas bibliotecas públicas, mas em escolas e livrarias da cidade, justificando as atividades de formação, como oficinas e palestras, voltadas aqueles que desenvolvem ou desejam desenvolver essa atividade.

Você que é leitor, e ainda não conhece nossas bibliotecas, reserve um tempo do seu dia para visitá-las. Leve seu filho para conhecê-las, eles tem esse direito. Não condene as gerações futuras à mediocridade que prevalece na tevê, nem transforme seu filho em mais um internauta desavisado, que assimila facilmente o conteúdo duvidoso de muitas páginas da internet. E não pensem que somos contra a internet. Pelo contrário, hoje as bibliotecas contam com computadores que podem ser utilizados pelos leitores. Somente na Biblioteca Ramal da Vila Margarida são disponibilizados dez computadores, através do programa Acessa SP, do governo do Estado de São Paulo. Além disso, o acervo foi informatizado e pode ser consultado na página da Secretaria de Cultura. Aproveite também para conferir como as bibliotecas públicas são hoje espaços agradáveis, onde o leitor pode usufruir, com conforto, do seu direito à cultura e à informação.

A programação do 4º A(o)gosto das Letras já está de defininda e será novamente uma oportunidade de conversar com  autores, trocar ideias sobre literatura, participar de lançamentos de livros, saraus e uma infinidade de outras atividades. Por fim, e para deixar a conversa em aberto, lembramos que todos devem exercer seu direito de conhecer nosso patrimônio cultural, nem que seja para não morrer em vida.

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