A programação artística do 12º Festival de Música de Ourinhos apresenta no dia 18, quarta, o show A bênção, maestro Moacir Santos, projeto do Sizão Machado Sexteto. A apresentação começa às 20h30 e a entrada custa R$ 10,00.
Neste trabalho o músico Sizão desenvolve um trabalho de arranjos e adaptações das composições de Moacir Santos para uma formação de sexteto, com três sopros, procurando manter a maior fidelidade possível à sonoridade original. O sexteto que homenageia Moacir Santos é formado por Sizão Machado (concepção, arranjos e contrabaixo), Carlos Ezequiel (bateria), Fabio Leandro (piano), Josué dos Santos (sax barítono e flauta), Vitor Alcântara (sax alto) e Walmir Gil (trompete).
Sizão já foi professor do festival por vários anos, nesta edição será professor no curso de Prática de Big Band. Criador de uma linguagem musical única, que vai muito além do universo de seu instrumento, o contrabaixista Sizão Machado é reconhecido nacional e internacionalmente, por suas atuações ao lado de Chet Baker, Herbie Mann, Elis Regina, Jim Hall, Chico Buarque, Dori Caymmi, Djavan, Milton Nascimento, Ivan Lins, Flora Purim, Airto Moreira e muitos outros. Além de sua atuação pelos palcos do mundo, Sizão participou da gravação de mais de uma centena de discos com os mais variados artistas, nacionais e internacionais. Na Carolina do Sul gravou o trabalho de Paul Winter, o cd Crestone, ganhador do Grammy de melhor álbum, categoria New Age de 2008. Com o saxofonista realizou shows no Clearwater Festival e um concerto na Catedral de Saint John The Devine, em Nova York.
Atualmente Sizão apresenta seu trabalho com formações variadas ao lado de grandes instrumentistas e acompanha as apresentações e gravações do Quinteto Sambazz, Terrêro de Jesus, Regra de Três, Lumina, Renato Braz, Dori Caymmi, Celso Viáfora, Wilson das Neves, Heraldo do Monte e Alessandro Penezzi e Cesar Camargo Mariano.
Moacir Santos, Não és um só, és tantos
Homenageado por Vinicius de Moraes em seu Samba da bênção – "A bênção, maestro Moacir Santos/ Não és um só, és tantos/ Como o meu Brasil de Todos os Santos/ Inclusive meu São Sebastião" – o compositor, arranjador e multiinstrumentista pernambucano Moacir Santos foi o inspirador da obra de grandes nomes da música brasileira como Baden Powell, Sergio Mendes, Airto Moreira, Dori Caymmi, Paulo Moura, Sizão Machado, Nailor Proveta, Mauricio Carrilho, e tantos outros que foram seus alunos ou beberam de sua fonte.
Wynton Marsalis, um dos maiores trompetistas do jazz contemporâneo, o compara a ninguém menos que Beethoven, pela inventividade, e a Duke Ellington, pela clareza de seus arranjos.
No princípio Moacir fazia arranjos intuitivamente, sem conhecer as regras. Só anos mais tarde, vale lembrar, o maestro estudou teoria musical com o famoso Guerra Peixe, e depois com o compositor alemão Koellreutter, de quem se tornou assistente. Após 30 anos morando em Los Angeles, Moacir teve sua obra resgatada no Brasil com um disco feito pelos instrumentistas Zé Nogueira e Mario Adnet, que garimparam composições revolucionárias da obra do maestro. Foram lançados no Brasil trabalhos sensacionais como Coisas (gravado em 1965, remasterizado e relançado em 2005), Ouro negro (em CD e DVD) e Choros & alegria.
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