
Assim, cantando baiões, maracatus, frevos-canções e marchas-de-bloco; tocando na rabeca, no violino e no bandolim, choros, frevos ponteios e outras peças instrumentais, ele vai apresentando o seu heterogêneo cancioneiro.

Antonio Nóbrega nasceu em Recife - PE, em 1952. É violinista desde criança. No final dos anos 1960 participava da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife quando, convidado por Ariano Suassuna, passou a integrar, como instrumentista e compositor, o Quinteto Armorial - grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares.
A partir dos anos 1970 percorreu quase todo o Brasil, estudando as manifestações populares, aprendendo cantos, toques instrumentais, danças, modos de representar dos brincantes, folgazões e demais artistas populares.
A partir de 1976, começou a desenvolver um estilo próprio de concepção em artes cênicas, dança e música, apresentando a partir de então os espetáculos “A Bandeira do Divino”, “A Arte da Cantoria”, “Maracatu Misterioso”, “Mateus Presepeiro”, “O Reino do Meio-Dia”, “Figural”, “Brincante”, “Segundas Histórias” e “Na Pancada do Ganzá” com grande sucesso no Brasil e exterior, recebendo diversos prêmios como “Shell”, “APCA” e “Mambembe”.
Em 2010, foi premiado pela Fundação Conrado Wessel na categoria “Cultura”, pelo conjunto de sua obra. Em 2011, lançou o DVD, “Naturalmente”, produzido pelo SESC e dirigido por Walter Carvalho. Juntamente com sua mulher, Rosane Almeida, idealizou e dirige, em São Paulo, o Instituto Brincante local de cursos, oficinas, mostras e encontros que procuram apresentar aos próprios brasileiros um Brasil ainda pouco conhecido. Além do violino, Nóbrega tem se dedicado ao bandolim, instrumento que, segundo ele, o aproxima mais do choro.
Atualmente trabalha com Walter Carvalho na gravação de um longa-metragem, cuja estreia está prevista para final de 2012.
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