13 de jul. de 2012

Antonio Nóbrega abre o XII Festival de Música de Ourinhos

É neste domingo, dia 15, que o artista pernambucano Antonio Nóbrega se apresenta com sua banda na praça Mello Peixoto a partir das 20h30. Reunindo músicas dos seus seis últimos espetáculos ("Na Pancada do Ganzá", "Madeira que Cupim não Rói", "Pernanbuco falando para o Mundo", "Marco do Meio Dia",  "Lunário Perpétuo" e "9 de Frevereiro") o músico mostra ao público uma síntese de seus últimos 15 anos de atividade artística.
 Assim, cantando baiões, maracatus, frevos-canções e marchas-de-bloco; tocando na rabeca, no violino e no bandolim, choros, frevos ponteios e outras peças instrumentais, ele vai apresentando o seu heterogêneo cancioneiro.
Sua atuação não se restringe, todavia, ao plano musical, pois entre uma música e outra (seja cantada ou tocada), Nóbrega faz uma dança, brinca com a plateia, etc., retratando dessa maneira em seu espetáculo o caráter abrangente e multidisciplinar de sua atividade de intérprete. Abrangência essa que, passando do épico ao farsesco, do sóbrio ao desmedido, do lírico ao festivo, Nóbrega vai procurando traduzir através da sua arte de brincante como ele gosta de dizer, o temperamento e o caráter do povo brasileiro.

Antonio Nóbrega  nasceu em Recife - PE, em 1952. É violinista desde criança. No final dos anos 1960 participava da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife quando, convidado por Ariano Suassuna, passou a integrar, como instrumentista e compositor, o Quinteto Armorial - grupo precursor na criação de uma música  de câmara brasileira de raízes populares. 
A partir dos anos 1970 percorreu quase todo o Brasil, estudando as manifestações populares, aprendendo cantos, toques instrumentais, danças, modos de representar dos brincantes, folgazões e demais artistas populares.


A partir de 1976, começou a desenvolver um estilo próprio de concepção em artes cênicas, dança e música, apresentando a partir de então os espetáculos “A Bandeira do Divino”, “A Arte da Cantoria”, “Maracatu Misterioso”, “Mateus Presepeiro”, “O Reino do Meio-Dia”, “Figural”, “Brincante”, “Segundas Histórias” e “Na Pancada do Ganzá” com grande sucesso no Brasil e exterior, recebendo diversos prêmios como “Shell”, “APCA” e “Mambembe”. 

Em 2010, foi premiado pela Fundação Conrado Wessel na categoria “Cultura”, pelo conjunto de sua obra. Em 2011, lançou o DVD, “Naturalmente”, produzido pelo SESC e dirigido por Walter Carvalho. Juntamente com sua mulher, Rosane Almeida, idealizou e dirige, em São Paulo, o Instituto Brincante local de cursos, oficinas, mostras e encontros que procuram apresentar aos próprios brasileiros um Brasil ainda pouco conhecido.  Além do violino, Nóbrega tem se dedicado ao bandolim, instrumento que, segundo ele, o aproxima mais do choro.
Atualmente trabalha com Walter Carvalho na gravação de um longa-metragem, cuja estreia está prevista para final de 2012.

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