Foto: Flavio Morbach Portella. |
Rodolfo García Vázquez é um dos artistas mais atuantes no cenário teatral brasileiro. Diretor de encenações polêmicas como A Filosofia na Alcova, Os 120 Dias de Sodoma e Justine, foi vencedor do 23° Prêmio Shell SP de Teatro. Fundador de uma das companhias mais importantes dos últimos quinze anos, o idealizador do Satyros acredita no poder transformador das artes cênicas. "E acredito também em um teatro provocador e deslocador", declara à revista virtual + Cultura.
Nessa entrevista, de 2011, Garcia Vázquez fala sobre o processo de criação no início desta montagem e sua parceria com o ator Ivam Cabral. "Não se pode falar em Satyros sem falar dessa parceria, pois tudo é muito discutido entre nós e na relação com as pessoas que formam o grupo. Atualmente, o grupo é formado por artistas fantásticos que tem entre dez e quatro anos no grupo. Alguns da primeira fase voltaram a trabalhar conosco. Mas só eu e o Ivam resistimos todos esses anos", conta.
Uma das características principais do grupo sempre foi o questionamento sobre o comportamento moral da sociedade. Para isso Os Satyros criaram um método chamado Teatro Veloz, com o qual realizaram diversas montagens. "Esse método, na verdade, conta com uma série de procedimentos que tornam único cada processo teatral e que está em constante movimento. Atualmente, pesquisamos a ideia de Teatro Expandido, um conceito que discute os caminhos do teatro e da humanidade a partir do prisma do mundo tecnológico", explica o diretor.
É com esse conceito de Teatro Expandido que o grupo criou Cabaret Stravaganza, uma reflexão sobre a tecnologia enquanto extensão dos corpos humanos. Durante o trabalho de pesquisa, também foram estudadas as revoluções digitais e as recentes descobertas da neurociência, como as de Antonio Damásio e Miguel Nicolelis. Para compor a dramaturgia, foram usados relatos pessoais, vivências e aparatos tecnológicos que propõem a conexão entre o real e o digital.
Foto: Flavio Morbach Portella. |
A apresentação de Cabaret Stravaganza em Ourinhos é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura através da APAA - Associação Paulista de Amigos da Arte - em parceria com o programa VivOurinhos, Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura de Ourinhos.
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